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Sobre a obra “Esse Corinthians do avesso... que é preciso conhecer”, ela é vista por características sui generis, totalmente diferentes do que até aqui foi apresentado sobre o assunto por biógrafos ilustres; é vista por ângulos de cinco torcedores que, de fora e da arquibancada, registraram e desvendaram o mistério que envolve essa grande marca desde 1910. Foram testemunhas oculares dos fatos e da história.
Todas as perguntas que sempre foram feitas no curso dos anos são respondidas na obra:
1. o sentido bíblico e religioso do nome, que chegou aqui de forma transcendental;
2. o caráter social de um povo simples, imigrante, que precisava provar na nova terra seu valor;
3. que marcou, assim, sua presença com a criação de um clube de futebol cujo nome transpôs os muros do Bom Retiro para o mundo. Ele chegou pelos pés dos ingleses e começou a crescer com muita luz no campo do Lenheiro. O nome é: Corinthians! Soava de forma mágica nos ouvidos de todos. Da Inglaterra pobre, o Corinthians quer trazer a elite do Velódromo, incomodando as várzeas do futebol, que, da Inglaterra, Charles Miller, era um poucos poucos;
4. nasce então o embrião de uma nação de todas as raças que, numa paixão incontida, passa os limites da razão;
5. em 1913, o clube estava à procura de sua identidade, da sua insígnia. Dona Micheletta, bordadeira, incumbida de costurar a sigla CP na primeira camisa branca do tempo, ao passar a agulha no uniforme recebe uma mensagem de ordem espiritual: “Esse nome vai sair do Bom Retiro e ganhar o mundo. Seu magnetismo e fascínio não terão limites; seus aparelhos sempre falaram dele, claro, com uma ponta de inveja, pois sabem que força descomunal que jamais conseguiria ser alcançada”;
6. ea força do povo de rua tomou corpo; imigrantes e seus filhos expressavam seu profundo amor ao novo clube, que era uma extensão de sua casa. Diretores, jogadores e torcedores eram FIÉIS, sentimento que venceu os tempos;
7. e veio para o clube uma vida marcada por grandes conquistas, como o campeonato de 1914 e alguns maus momentos. Mas isso nunca abalou o nome bíblico e religioso que veio de Corinto, com passagens pela Bíblia e via Inglaterra, chegou por nós por luzes superiores pelos pés dos britânicos;
8. Paulo aos coríntios (Corinthians): “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produzir para nós peso de glória, acima de toda comparação”;
A torcida, como que atendendo o atendimento de Paulo, numa proporção incalculável através dos anos. No período em que ficou quase 23 anos em que o campeonato paulista, houve uma ainda sem compensação: o Corinthians foi premiado por mãos invisíveis com o aumento da torcida mais apaixonada do que a anterior.É o sentimento de amor que o nome sempre provocou e provocou. Não dá para medir seu misticismo, magia e encantamento; eles extravasam os limites da razão;
10. por isso sempre foi premiado por fatos e dados marcantes, como a conquista do campeonato paulista do Centenário de 1922; o campeão do IV Centenário de 1954 da cidade de São Paulo; o título de Campeão dos Campeões, consagrado com a conquista da Quinela de Ouro (5 vezes de ouro), os 3 tricampeonatos paulistas e os 2 centenários; o deslocamento de torcedores corintianos, em 1976, até o Rio de Janeiro para torcer pelo tempo, proporção jamais vista (70 mil pessoas); a democracia encabeçada por Sócrates, que promoverá o Brasil ao processo democrático as viradas de um placar adverso, que vem desde 1910, por genética, de um povo da rua, da luta, da fibra, do campo do Lenheiro;
11. e as mães corintianas, no seu papel do crescimento da marca, com a presença de Elisa, dona Dirce, dona Walquiria e muitas, muitas outras. São células mater de uma grande nação que não para de crescer;
12. Tão importante é o nome Corinthians que está gravado em todas as Bíblias do mundo, e é diário nas mais diversas línguas;
11. o Corinthians tem passado que se confunde com o presente; o sentimento de amor é uno e genuíno, pois sempre portou o mesmo nome;
12. o genial artista plástico Rebolo, campeão do centenário de 1922, em 1940, recompôs o brasão do clube e contorno sua história: por vários elementos entrelaçados entre si e não por siglas (comum a todos os clubes), ficou assim:
a . Dois remos cruzados, em vermelho. Da cruz. Da Fé;
b. Âncora, em vermelho. Eterna estabilidade. Esperança;
c. Círculo. Pessoas reunidas para um só ideal;
d. Nome. Em português: Sport Club Corinthians. Em português: Paulista;
e. Ano da fundação do clube: 1910;
f. Bandeira de São Paulo: para todos os habitantes do Estado;
g. Mapa do Brasil: no canto alto da bandeira, à esquerda, para todos os brasileiros, naturais ou não;
13. o brasão de mostra genial o genético do Corinthians, e todos conhecem-lo;
14. como time do povo, teve suas origens na migração: o Bom Retiro e a Luz abrigam um número elevado de italianos, espanhóis e portugueses, que foram compor o clube e o time de futebol. Perrone, Bianco, Del Debbio, Castelli, Campanella, Gambarotta e outros nomes de origem italiana; mais Peres, Gonzáles, José Aparício, Munhoz, descendentes de espanhóis. E os de linhagem portuguesa contribuem para o crescimento da marca Corinthians. Só na década de anos da garra e da sua contribuição: aliaram a técnica dos filhos de seus filhos à criação plástica, e a beleza do seu jogo plástico
1 a torcida fiel e vibrante semper. o tempo a correr, use a flama grandes conquistas. Ela sempre foi diferente, briga em casa, briga com o patrão, mas não briga com o Corinthians, a quem jurou amor eterno;
16. a obra com 180 páginas tem o condão de levar o leitor a conhecer as conquistas e tristezas que sempre motivaram o tempo a novos triunfos, desde 1913;
17. mostra também que, no Campeonato Brasileiro de 2007, um pênalti foi batido por três vezes a favor do Goiás. E o Corinthians caiu. Dona Micheletta disse em 1913 ao presidente Alexandre Magnani: “Em alguns anos o clube sofrerá percalços, a vida é assim, mas diga a seus pares e jogadores, principalmente ao Neco, que as águas continuarão a correr nas águas corintianas – a torcida cada vez mais vez –, e que a vitória é importante, sim, mas maior o que sempre vai valer é o sentimento 'Corinthians' que foi gravado no espírito de cada um”. É preciso passar pela dor para purificar a alma. E o Corinthians passou por isso. Porém, todos se uniram num só pensamento e canto: Corinthians!!! Corinthians, minha vida!!! Corinthians, minha história!!! Corinthians, meu amor!!!;
18. uma nação que veio da rua, da alma de um povo, mesmo com alguns percalços, manteve sua beleza e glórias de forma perene;
19. a obra, como sempre, mostra todos os jogos que fizeram a história do clube. Fala dos grandes jogadores, de Neco, de Rato, de Amilcar. Fala de Luizinho, de Cláudio, de Baltazar, com bustos nas alamedas do Parque São Jorge. Fala do grande São Jorge Guerreiro, presente na capela e velando por todos. Fala de Gilmar, de Rivellino, de Sócrates, de Biro-Biro, de Neto, de Marcelinho Carioca, de Ronaldo. Fala de quase todos!;
– De Luizinho, mostra sua alma corintiana e seu jogo fantástico de dribles curtos e jogadas de grande efeito;
– De Rivellino, mostra seu virtuosismo, seus dribles, seus lançamentos perfeitos de longa distância e tiros potentes de fora da área. Um jogador fenomenal, conhecido como um dos melhores jogadores do mundo de todos os tempos;
– De Sócrates foi muito falado. Como Sócrates, o grego, era um pensador da vida e do futebol. Um jogador, que jogava como acima da média tentando no seu quintal. Ele sempre falou, nas suas tiradas filosóficas, que o Corinthians tinha a cara do povo brasileiro. Ao fazer um gol levantará seu braço direito em sinal de agradecimento aos deuses, e a ofertava à sua torcida!;
– De Neto, um registro especial, corintiano de fé; perambulou por várias vezes, mas, por uma luz superior, seu caminho foi encontrado. A sua casa, o Parque São Jorge, estava ali à sua frente; ele nem acreditou quando vestiu pela primeira vez a camisa consagrada 1910;
– De Marcelinho Carioca as histórias são longas e bonitas. A camisa corintiana se ajustou com perfeição no seu corpo. Nas faltas batidas não errava o gol. Cláudio e Neto estiveram naqueles momentos? Talvez. Marcelinho Carioca. Marcelinho Paulista. Marcelinho Corintiano;
20. 2009. O alambrado em Presidente Prudente cai. Um gole. Contra o Palmeiras. Um momento inusitado. Uma emoção do público corintiano. O gol era de Ronaldo, “O Fenômeno”. O gol premiava um craque que sempre premiou o povo com históricos pela sua beleza rara. Na vida às vezes aparecem outros amores. Ronaldo, carioca, menino sempre gostou do Flamengo, seu primeiro amor, porém, o destino queria mostrar um outro caminho, o caminho do encontro de um novo amor. As luzes que sempre confirmam: na retidão do que melhor expressa a ele um o clube brasileiro do povo. Não teve dúvida: casou com a camisa, com o brasão, com o povo...;
21. Depois de histórias bonitas registradas, com São Jorge a postos, o Corinthians vai, em 4 de dezembro de 2011, disputar um jogo histórico contra o Palmeiras, no Pacaembu, palco de grandes batalhas. Dos céus Alfredo Trindade é visualizador, Vicente Matheus também, assim como Elisa. A batalha é ferrenha, Corinthians e Palmeiras é sempre assim, remontada a 1914, quando irmãos italianos se separaram.
A bola viaja de lá para cá, Tite nervoso, Felipão mais ainda, queria vencer. Mas a torcida cantava seus belíssimos hinos, eo tempo teve força para chegar ao final do jogo e campeonato para ganhá-lo com toda justiça;
22. Contentes, os torcedores que foram os principais personagens da obra eam um pouquinho e param para ouvir um som que persistia em atingir suas almas: "Aqui tem um bando de louco, louco por ti, Corinthians, pra aqueles que acham que é pouco eu vivo por ti, Corinthians, eu canto ficar até rouco, eu canto até empurrar, vamo, vamo, vamo, meu timão não para de lutar...”
JOÃO MILTON ANANIAS
Prefácio: Luiz Paulo Rosenberg
Apresentação: 1977. Basílio