Carregando...
João de Jesus Oliveira Silva
Área do articulista

Currículo: Com 17 anos e vindo da Zona Rural de Macaúbas, no interior da Bahia, se forma num colégio estadual público.

Logo, já com o sonho de se tornar jornalista, tentou ingressar no curso de Jornalismo, na Uesb.

Mesmo após várias tentativas frustradas, conseguiu entrar nesta universidade pública tão reconhecida no estado.

Apesar de diversas dificuldades, lutou e chegou a conclusão do curso que tanto quis.

Dentro do período acadêmico, ainda conviveu, durante quase todos os semestres, com a experiência de estudar e trabalhar.

Além de realizar atividades completamente diferentes da área de comunicação, por uma questão financeira e de sobrevivência, possui muito tempo de trabalho com os microfones ou marketing.

Atuou em três rádios, sendo duas comunitárias, em três sites na internet, assessoria de imprensa em escritório e em dois canais de vídeos no Youtube.

Sendo jornalista, redator, repórter e apresentador, trabalhou com diversos profissionais, na maioria das vezes sendo a referência na área do Jornalismo nestes locais.

Esse é João de Jesus, assessor de comunicação.


Artigo do articulista

Em pleno ano de 2025, ainda convivemos com situações rotineiras que agravam a violência contra mulheres, crianças e adolescentes

A violência contra a mulher e o abuso sexual de crianças e adolescentes representam graves violações de direitos humanos no Brasil, afetando milhares de vítimas anualmente. Esses crimes são perpetuados por fatores físicos, raciais, sociais e culturais que contribuem para sua persistência e agravamento.

Dados alarmantes

Nos últimos dez anos, o Brasil registrou quase 12.000 casos de feminicídio, evidenciando um aumento significativo desse crime. Em 2015, foram contabilizados 535 casos, número que quase triplicou, ultrapassando 1.200 em 2024.

Em relação às crianças e adolescentes, os crimes sexuais apresentaram um aumento expressivo de 15,3% em 2022, totalizando 51.971 casos de estupro. Desses, quase 41.000 vítimas tinham entre 0 e 13 anos. Além disso, 67,1% das vítimas de 0 a 11 anos eram negras, evidenciando a desigualdade racial presente nessas violações.

Fatores agravantes

Diversos fatores contribuem para o agravamento dessas violências:

  • Físicos: A vulnerabilidade física de mulheres, crianças e adolescentes pode facilitar a ação de agressores.
  • Raciais: A população negra é desproporcionalmente afetada, refletindo desigualdades estruturais e racismo sistêmico.
  • Sociais: Condições socioeconômicas precárias, baixa escolaridade e falta de acesso a serviços básicos aumentam a vulnerabilidade.
  • Culturais: Normas patriarcais e machistas perpetuam a objetificação e submissão de mulheres e crianças, naturalizando a violência.

Tipos de violência e abuso

As formas de violência contra a mulher e abuso sexual de crianças e adolescentes incluem:

  • Física: Agressões corporais que causam lesões.
  • Psicológica: Ameaças, humilhações e manipulações que afetam a saúde mental.
  • Sexual: Atos forçados ou sem consentimento, incluindo estupro e exploração sexual.
  • Patrimonial: Danos ou retenção de bens e recursos financeiros.
  • Moral: Calúnias e difamações que atingem a honra.

Combate, prevenção e denúncia

Para enfrentar essas violências, é essencial:

  • Educação: Promover campanhas de conscientização e programas educativos para desconstruir estereótipos de gênero e incentivar o respeito aos direitos humanos.
  • Apoio às vítimas: Oferecer serviços de acolhimento, suporte psicológico e jurídico, garantindo proteção e recuperação.
  • Fortalecimento de políticas públicas: Implementar e fiscalizar leis que punam agressores e protejam vítimas, como a Lei Maria da Penha.
  • Capacitação profissional: Treinar profissionais da saúde, educação e segurança para identificar e agir em casos de violência.
  • Facilitação de denúncias: Divulgar canais de denúncia, como o Disque 100 e o Ligue 180, garantindo anonimato e segurança ao denunciante.

Ações regionais: Comissão Intermunicipal na Bacia do Paramirim, Bahia

Na região da Bacia do Paramirim, abrangendo os municípios de Macaúbas, Boquira e Ibipitanga, foi criada recentemente a Comissão Intermunicipal para o Combate à Violência contra a Mulher e o Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes. Essa iniciativa busca articular ações de prevenção, atendimento e enfrentamento dessas violências, adaptadas às especificidades locais.

 

A comissão já participou de entrevistas na Rádio Macaúbas FM 103,9, com o jornalista João de Jesus e a apresentadora Tati Domingues, para divulgar suas atividades e conscientizar a população sobre a importância do combate a essas violações.

Conclusão

Diante disso, violência contra a mulher e o abuso sexual de crianças e adolescentes são problemas complexos que exigem ações integradas e contínuas. Somente com a mobilização conjunta de sociedade civil, governos e organizações será possível construir um ambiente seguro e justo para todos.

 

João de Jesus é radialista, assessor de imprensa e recém graduado em Jornalismo, pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Instagram: @portaljesusmaccomunicacao

Artigos Anteriores

Carnaval 2025: feriado ou ponto facultativo? E o direito ao trabalho em dobro? Entenda seus direitos!

O Carnaval de 2025, que ocorrerá entre os dias 1º e 5 de março, levanta diversas questões sobre a classificação...

Quais são os Tipos de Direito e Suas Aplicações?

Quando se fala em Justiça e Direito, muitas pessoas podem achar algo chato, que não se aplica tanto na prática e que favorece...

Silvio Santos, Bahamas e Herança Milionária: Entenda a Briga Judicial Entre as Herdeiras

A morte de Silvio Santos, uma das figuras mais emblemáticas da televisão brasileira, trouxe à tona não apenas o impacto de sua...

O que vai mudar na Aposentadoria pelo INSS em 2025?

Ao começar o ano de 2025, os brasileiros se depararam com as novas regras para a aposentadoria no Brasil. De acordo com o regime do Instituto...

A importância da Saúde Psicológica no Ambiente de Trabalho

Na questão psicológica, em um ambiente laboral, por exemplo, ela envolve o equilíbrio emocional e mental do trabalhador. Isso permite...

Eu sou obrigado a pagar pensão para ex?

A pensão alimentícia para ex-cônjuges é um tema recorrente em processos judiciais, principalmente nos casos de...